Paciente masculino, 58 anos, hipertenso e dislipidêmico, sem
acompanhamento médico há cerca de 2 anos. Compareceu ao ambulatório de cárdio referindo ter parado de
usar medicações prescritas na última consulta há cerca de 2 anos e queixando-se
de dor torácica localizada em região clavicular direita, relacionada às
frequentes discussões que vem tendo com sua esposa. Informa fazer caminhadas em
média de 4 vezes por semana, sem sintomas relatados.
Exame físico sem alterações.
Solicitado Teste Ergométrico:
Arritmia supraventricular esforço induzida.
Arritmias supraventriculares tem elevada incidência durante
a realização do teste ergométrico, com maior ocorrência de extrassístoles
supraventriculares, que tem uma prevalência média de 24% em diversos estudos. A
taquicardia paroxística supraventricular, não apresenta diferença entre os
sexos, ocorrendo em média de 6% para homens e 6,3% para mulheres.
A taquicardia supraventricular ocorre predominantemente em
pessoas idosas, no pico do esforço ou recuperação inicial, sendo na maioria das
vezes não sustentada, de reversão espontânea e quase sempre sem sintomas
associados.
A ocorrência de arritmia supraventricular esforço induzida,
não proporciona aumento da mortalidade cardiovascular ou eventos coronários.
No presente caso, o paciente não era idoso e iniciou a TSV
na recuperação tardia. Não referiu qualquer sintoma, apesar da persistência da
taquicardia sustentada por longo tempo, sendo realizado massagem do seio
carotídeo, com breves reversões para ritmo sinusal e retorno para TSV. Por fim
perto do 6º minuto da recuperação após mais uma manobra vagal, reverteu para
sinusal, mantendo-se assim até o fim.
Vc indicaria estudo eletrofisiologico para este paciente?
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