segunda-feira, 16 de julho de 2012

Arritmia Supraventricular x Teste Ergométrico - by Carlos Frederico


Paciente masculino, 58 anos, hipertenso e dislipidêmico, sem acompanhamento médico há cerca de 2 anos. Compareceu ao ambulatório de cárdio referindo ter parado de usar medicações prescritas na última consulta há cerca de 2 anos e queixando-se de dor torácica localizada em região clavicular direita, relacionada às frequentes discussões que vem tendo com sua esposa. Informa fazer caminhadas em média de 4 vezes por semana, sem sintomas relatados.
Exame físico sem alterações.
Solicitado Teste Ergométrico:

















Arritmia supraventricular esforço induzida.
Arritmias supraventriculares tem elevada incidência durante a realização do teste ergométrico, com maior ocorrência de extrassístoles supraventriculares, que tem uma prevalência média de 24% em diversos estudos. A taquicardia paroxística supraventricular, não apresenta diferença entre os sexos, ocorrendo em média de 6% para homens e 6,3% para mulheres.
A taquicardia supraventricular ocorre predominantemente em pessoas idosas, no pico do esforço ou recuperação inicial, sendo na maioria das vezes não sustentada, de reversão espontânea e quase sempre sem sintomas associados.
A ocorrência de arritmia supraventricular esforço induzida, não proporciona aumento da mortalidade cardiovascular ou eventos coronários.
No presente caso, o paciente não era idoso e iniciou a TSV na recuperação tardia. Não referiu qualquer sintoma, apesar da persistência da taquicardia sustentada por longo tempo, sendo realizado massagem do seio carotídeo, com breves reversões para ritmo sinusal e retorno para TSV. Por fim perto do 6º minuto da recuperação após mais uma manobra vagal, reverteu para sinusal, mantendo-se assim até o fim.

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