segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Resposta do Caso Clínico - by Fábio Soares

Paciente fora admitido na enfermaria, proveniente de unidade básica de saúde. à chegada, evoluiu com rebaixamento do nível de consciência e choque. Realizado intubação orotraqueal, e encaminhado à UTI. Realizado ressuscitação volêmica e introduzido drogas vasoativas.
Ao exame físico, chamava a atenção pulso em martelo d´água, discrepância da PAS e PAD, com precordio bastante ativo. À ausculta, ritmo cardíaco regular em 3 tempos, às custas de B3, com SD 6/6 em FAo e SS 3/6 em FAo.

Ecocardiograma realizado a beira do leito: Aumento grave de câmaras esquerdas. Função sisitólica do VE preservada (em uso de DVA). Grande quantidade de vegetações aderidas à ambas as faces da valva aórtica, determinando desabamento da cúspide não coronariana determinando insuficiência de grau grave. Observa-se ainda, vegetações aderidas à porção basal do septo interventricular, bem como aderida à junção sinotubular. Valva mitral apresenta insuficiência de grau moderado, com vegetações em ambas as faces da valva mitral.

Após estabilização clínica inicial, fora encaminhado à TAC de crânio, que não evidenciou sangramento. Introduzido ATBterapia empírica (Penicilina + Gentamicina + Ampicilina) após coleta das culturas. Chamada a equipe cirúrgica, que preferiu aguardar 24 horas de ATB para realizar a cirurgia.
Paciente mantendo quadro de choque séptico em uso de doses elevadas de drogas vasoativas, sendo encaminhado para cirurgia. Relato do intra-operatório:
- Valva aórtica bastante distorcida com grande quantidade de grumos aderida à face ventricular e aórtica, com extensão para o septo interventricular e aorta ascendente. Observavam-se vegetações aderidas à face atrial da valva mitral.
Realizado troca da valva aórtica por bioprótese e plastia da valva mitral
Retornou à UTI, mantendo-se em quadro de choque circulatório, em doses elevadas de DVA. Passou a apresentar anúria e acidose metabólica grave, sendo iniciado CVVHDF. No 3o PO evoluiu para choque refratário e óbito

Hemoculturas positivas para S. aureus.

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