segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Espaço para ECG - by Fábio Soares

Paciente masculino, 56 anos, HAS, sem uso de medicações, admitido na unidade de emergência com dispnéia e "agonia" no peito. ECG da admissão abaixo:
 

10 comentários:

  1. TPSV com aberrância padrão morfológico para BRD.

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  2. TV. Parece haver dissociação AV em V6, corroborando TV.

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  3. TSV por Vereckei, TV por Brugada. Pessoalmente penso que alterações isquêmicas de ST estão confundindo um pouco. Academicamente ficaria com TSV. Na prática: CVE.

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  4. DEFINA AGONIA!!!rsss
    Taquicardia supra ventricular com brd, bdas e supra de avr e v1(obstrução de DA!)
    Tuna Katircibasi M, Tolga Koçum H, Tekin A, et al. Exercise-induced ST-segment
    elevation in leads aVR and V1 for the prediction of left main disease Int J Cardiol
    2008;128:240-243.

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  5. Agora consegui imprimir um traçado melhor. Taquicardia com padrão de BRD porém com algumas alterações de ST que não sei expliar acadeicamente, mas que parecem ter algo mais. Não encotrei critérios para TV e me pareceu um RP curto. Portanto fico com a opção de TSV , porém querendo muito ver o ECG apos a reversão (que não deve demorar). Concordo com Iago

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  6. Trata-se de uma taquicardia regular de QRS largo, portanto, com o diagnóstico diferencial de taquicardia ventricular, taquicardia supraventricular com aberrância de condução ou taquicardia antidrômica. Vemos um padrão de BRD trifásico em V1, atraso final do QRS e associação 1:1 na condução atrio- ventricular sugestivo de taquicardia supraventricular com aberrância. Podemos tambem ver que a ativação atrial se dá da esquerda para direita (onda p negativa em D1, AVL e positiva em AVR). Concluindo, acredito que estamos diante de uma taquicardia ortodrômica por reentrada atrio-ventricular conduzindo anterogradamente pelo sistema de conduçao normal (HIS -> ramo esquerdo-> ventriculo esquerdo) e subindo por uma via oculta esquerda para ativar o atrio.

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  7. Comentário encaminhado por Dr. Nestor Oliveira Neto

    Taquicardia regular de QRS largo, FC muito elevada, em torno de 250 bpm.

    Apesar do QRS apresentar-se estreito em algumas derivações (como AVL), trata-se de uma taquicardia de QRS largo, >= 120 ms.

    Apresenta morfologia de BRD. Pelos critérios de Brugada, chegamos nos critérios morfológicos. O padrão em V1(rsR') sugere taquicardia supraventricular (TSV) aberrante e, em V6, sugere TV (R/S <1).

    Pelos critérios de Vereckei (análise em aVR), nesta derivação há complexo qR, com q com duração ≤ 40 ms. Não há R inicial, nem entalhe na ativação negativa de um complexo predominantemente negativo. A relação Vi/Vf neste caso é maior do que 1, isto é, a condução no final do QRS é mais lenta, o que é compatível com TSV com condução aberrante . Na verdade neste traçado a condução é lenta sobretudo no final do QRS. A ativação inicial é rápida, o que sugere condução inicial pelo sistema de condução normal, o que fala a favor de TSV com aberrância.

    Portanto, com base nestes dados, considero este traçado como TSV com aberrância.

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  8. Grande Fabio

    Como já comentado, a morfologia desse BRD sugere fortemente taquicardia supraventricular. O fato de o QRS ser amis alargado no final e não nos 40ms iniciais é compatível com essa ideia
    Alem disso, o segmentoST com infradesnivel me parece ser por onda P
    Provavel reentrada atrioventricular por via anômala ( nào descarto flutter atrial pois às vezes engana a outra onda F escondida no QRS)

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