Ecocardiograma: Câmaras cardíacas de dimensões e espessuras normais, com valva aórtica univalvar, com estenose de grau discreto. Aneurisma da aorta torácica ascendente inicial (49mm). Arco aórtico a esquerda e sem evidências de obstruções.
- Valva aórtica unicúspide é uma alteração congênita rara. Em uma série retrospectiva, a prevalência desta anomalia gira em torno de 0,02% da população adulta.
- É uma malformação congênita que resulta de valvulogênese anormal. Normalmente, as 3 válvulas e suas comissuras, desenvolvem-se a partir dos turbérculos ambrionários do tronco aórtico. Em uma valva bicúspide,o desenvolvimento de um dos tubérculos é interrompido, resultando em uma rafe, onde deveria haver uma comissura. Do mesmo modo, em uma valva unicúspide, ocorre falha no desenvolvimento das duas comissuras.
- Durante a diástole, as rafes freqüentemente se parecem com verdadeiras comissuras no eixo curto, tornando-se fácil confundir com valva tricúspide. Durante a sístole, entretanto, não há separação das válvulas, levando a uma abertura elípitica excêntrica em "boca de peixe".
- Existem dois tipos de reconhecidos de valvas aórticas unicuspides: unicomissural (mais comum) e acommissural, baseado na existência da ligação do orifício valvar e a parede aórtica.
- Esta população costuma apresentar dilatações da aorta torácica, podendo requerer procedimento cirúrgico na vida adulta.
Exemplo de caso clínico no link abaixo:
http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/29/10/1295.full.pdf
Recomendo:
International Anesthesia Research Society Vol. 108, No. 3, March 2009
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