a. Panidis I, Kotler M, Mintz G, et al. Clinical and echocardiographic features of right atrial masses. Am Heart J 1984;107:745-58.
- Prevalência de 2-3% na população geral
- Remanescente embriológico em formato de rede, formado por um número variável de estruturas filamentosas.
- Movimento característico em "chicote"
- Estende-se da crista terminalis à valva de Eustáquio ou ao assoalho do átrio direito.
- Pode ser fonte de trombos ou de vegetações em casos de endocardite
- Válvula de Eustáquio é outro remanescente embriológico que se origina do endocárdio da borda anterior da veia cava inferior.
- Na circulação fetal, a válvula de Eustáquio dirige o sangue oxigenado da veia cava inferior através do septo interatrial para as câmaras esquerdas. Esta estrutura geralmente regride, mas pode permanecer proeminente e ser confundida com outras massas.
- Na circulação fetal, a válvula de Eustáquio dirige o sangue oxigenado da veia cava inferior através do septo interatrial para as câmaras esquerdas. Esta estrutura geralmente regride, mas pode permanecer proeminente e ser confundida com outras massas.
Ambos remanescentes embriológicos citados não costumam possuir significado clínico, entretanto, além de serem possíveis sítios de endocardite, quando proeminentes podem direcionar o fluxo que chega através da veia cava inferior no átrio direito para o septo inter-atrial e desta maneira favorecem a persistência de forame oval e formação de aneurisma de septo. Por sua vez, quando presente, o fluxo via forame oral patente pode levar a casos de embolia paradoxal.
ResponderExcluirA associação entre rede de Chiari e FOP foi ilustrada em estudo alemão publicado em 1995 que analisou o eco TE de 1436 pacientes subsequentes. Neste trabalho a rede de Chiari foi encontrada em 29 pacientes (2%), destes 24 (83%) possuíam FOP e 7 (24%) possuíam aneurisma de septo inter-atrial. A incidência da rede de Chiari foi maior em pacientes submetidos a eco TE solicitados para investigação de AVC criptogênico (4.6%) quando comparada a outros motivos para solicitação deste exame (0.5%).
Apenas por curiosidade científica é interessante registrar que o descritor da rede de Chiari o patologista austríaco Hans Von Chiari é o mesmo autor que colaborou para descrição da síndrome de Budd-Chiari e de Arnold-Chiari. O cidadão não usava eco mas diagnosticava bem dissecando.
Rafael Freitas
Referência:
Schneider et al, J Am Coll Cardiol, 1995; 26:203-10
Boa matéria essa! Eu descobri a pouco tempo que tenho que tenho rede de Chiari este assunto é muito pouco discutido e até os médicos na qual passei não souberam me explicar com precisão os riscos que isso poderia me proporcionar e qual acompanhamento é necessário.
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