quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Doença de Chagas - by Fábio Soares


Paciete feminina, 39 anos, negou HAS, DM, DLP, passado de IAM, ou sintomas anginosos prévios. Apresentou quadrode ataque isquêmico transitório. Proveniente de área endêmica da Doença de Chagas. Apresenta ECG  em ritmo sinusalvcom alteração inespecífica da repolarizacão ventricular em parede inferior. Sorologia positiva para Chagas. Solicitado Ecocardiograma por médico assistente.

- A literatura revela amplo intervalo de valores na prevalência de aneurisma apical em coortes de pacientes chagásicos, valores dependentes de características das coortes e da tecnologia empregada na avaliação da lesão.
- Há valores de 30% a 86,9% observados em estudos de necropsias, de 40% a 77% identificados por ventriculografia e de 14% a 46% diagnosticados por ecocardiograma.

a. Moia B, Rosenbaum MB, Hojman D. Aneurismas ventriculares em la miocarditis cronica chagasica. Revista Argentina de Cardiologia 22:113-150, 1955.
b. Carvalhal S, Campos FCM, Portugal O. Alteração do complexo QRS nas derivações precordiais e seu substrato anatômico em pacientes portadores de miocardite chagásica crônica. Revista Paulista de Medicina 45:161-168, 1954.
c. Granzotti JA, Marin Neto JA, Galo Jr L, Manco JC, Rassi A, Amorim. Contribuição ao estudo do aneurisma de ponta na cardiopatia chagásica crônica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 27:477-487, 1974.
d. Albanesi-Filho FM, Gomes-Filho JBM. Acometimento da ponta do ventrículo esquerdo na cardiopatia chagásica crônica: aspectos clínicos e ventriculográficos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 52: 115-120, 1989.

Recomendo: Aras R, da Matta JA, Mota G, Gomes I, Melo A. Cerebral infarction in autopsies of Chagasic patients with heart failure. Arq Bras Cardiol. 2003 Oct;81(4):414-6, 411-3
Prestigiando nosso ilustre colega Dr. Gildo Mota

3 comentários:

  1. Belo caso..

    Essa paciente fez CATE? Devendo entrar em diagnos deferencial DAC, Sindrome anticorpoentifosfolipede, LES, e outras patologias que levariam a hipercoaculabilidade.

    Leandro

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  2. Essas alterações são mais frequentes na prática do que parece. Às vezes, as alterações são mais sutis, envolvendo apenas a porção ínfero-apical. Nestas, se o corte apical não for bem feito, o ápice pode não ser bem visto e a alteração passar desapercebida.
    Também recomendo este artigo... he he
    Gildo.

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  3. Exatamente Dr. Gildo, e em sua homenagme, piblico este vídeo de paciente feminina, 30 anos, proveniente de zona endêmica, sorologia positiva para Chagas e com este "pequeno" achado ao ecocardiograma.
    Abraço

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