terça-feira, 24 de maio de 2011

Caso da semana 1- CIV pós IAM - by Fábio Soares


- Ruptura septal ventricular (VSR) é uma complicação rara mas fatal de infarto do miocárdio (IM). O evento costuma ocorrer 2 a 8 dias após um infarto e precipita frequentemente o choque cardiogênico.

- Embora os estudos de autópsia revelem uma taxa de incidência de 11% de ruptura da parede livre do miocárdio após IAM, a perfuração da parede do septo é muito menos comum, ocorrendo a uma taxa de cerca de 1-2%.



- Fatores de risco para ruptura septal incluem idade avançada (> 65 anos), sexo feminino, doença uniarterial, IAM extenso, e pobre circulação colateral septal. [18, 19]

- Antes do advento dos trombolíticos, hipertensão e ausência de história de angina eram fatores de risco para o CIV. Comprometimento do VD também é considerado fator de risco para a ruptura do septo.

Birnbaum Y, Wagner GS, Gates KB, Thompson TD, Barbash GI, Siegel RJ, et al. Clinical and electrocardiographic variables associated with increased risk of ventricular septal defect in acute anterior myocardial infarction. Am J Cardiol. Oct 15 2000;86(8):830-4.
 


- Aproximadamente 60% das rupturas do septo ocorrem no infarto da parede anterior, 40% ocorrem no infarto da parede posterior ou inferior. CIV posterior pode ser acompanhada de insuficiência mitral secundária a infarto do músculo papilar ou disfunção do músculo subjascente.

- Rupturas septais são mais comuns em pacientes com grandes infartos anteriores devido à oclusão da artéria DA. Estes infartos estão associados com elevação do segmento ST e ondas Q nas derivações inferiores (II, III, aVF) e essas são, portanto, as alterações no ECG mais comumente encontradas. Essas rupturas são geralmente apicais e simples.

Hayashi T, Hirano Y, Takai H, Kimura A, Taniguchi M, Kurooka A. Usefulness of ST-segment elevation in the inferior leads in predicting ventricular septal rupture in patients with anterior wall acute myocardial infarction. Am J Cardiol. Oct 15 2005;96(8):1037-41

- Rupturas septais em pacientes com infarto inferior ocorrem masi raramente. Essas rupturas envolvem o porção basal da parede ínfero-septal e são frequentemente complexas.



Skehan JD, Carey C, Norrell MS, de Belder M, Balcon R, Mills PG. Patterns of coronary artery disease in post-infarction ventricular septal rupture. Br Heart J. Oct 1989;62(4):268-72.

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